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quarta-feira, 13 de março de 2013

BRASIL, SEU SOBRENOME É JUSTIÇA FALHA

O Conclave acabou, os católicos já tem um novo papa: Francisco. Argentino, mas tá valendo. Mas esse não era o único acontecimento que vinha movimentando a mídia brasileira nos últimos dias, desde a renúncia do Papa antecessor, hoje emérito Bento XVI. Permeando estavam os julgamentos de Gil Rugai, de toda a patuléia de psicopatas liderados pelo ex-goleiro Bruno e, até então andamento, do advogado Mizael Bispo. Este último, pasmem, mesmo com todos os indícios apontando sua culpa, está advogando em causa própria em seu julgamento - auxiliado, é claro, por outros dois advogados. É nesse ponto que eu queria chegar: o falho código penal brasileiro. Rugai matou friamente o pai e a madrasta, teve um julgamento arrastado por dias, foi condenado a 30 anos e onde ele está??? Recorrendo em liberdade. O ex-goleiro Bruno compactuou na morte brutal, esquartejamento e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, sua ex-namorada - e mãe de seu filho -, foi condenado a réles 20 anos, mas já sabe que terá regime semi-aberto em 2. Então, "meu povo sofrido dessa pátria sem lei..." alguém tem dúvidas de como previsível será o fim do julgamento da morte de Mercia Nakachima? Sem dúvida o Dr. Mizael Bispo deve estar se auto-defendendo brilhantemente. Afinal estudou pra isso: defender assassinos, confessos ou não. É duro pensar que você pode sair de casa, ter seu carro atingido por outro  numa velocidade absurda, morrer instantaneamente e o responsável pagar uns 200, 300 mil reais e ser liberado. É aí que entra o homicídio doloso - sem intensão de matar. Mas como uma pessoa que sai em tão alta velocidade numa já - infelizmente - reconhecida máquina de matar como o automóvel, pode estar preocupada com a vida alheia? E com essa regalia de pagar uma fiança alta, que para muitos nem dói no bolso, fica fácil para um "playboy" intediado pensar: "Não tô fazendo nada mesmo... Vou ali voar baixo na minha máquina. Se eu passar por cima de alguém, papai paga e eu tô livre."

Nesses casos quem sempre perde somos nós, brasileiros. Perdemos cada vez mais a fé na justiça. Não importa o quão leigo sejamos... o que prevalece é o senso de justiça. E nossa solidariedade às famílias, que tiveram seus entes queridos estirpados de suas vidas por essa "escória".

É, Brasil... sempre um passo atrás. Como dizia a memórável Odete Roitman: "Esse país não tem mais jeito." 

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