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domingo, 5 de fevereiro de 2012

LUCINHA ARAÚJO: "A DOR NÃO NÃO ACABA, ELA SE TRANSFORMA"

Após um breve afastamento, estou de volta. Férias longas? Não. Quem me dera... Apenas um período de recolhimento. Necessário. Agora, de baterias recarregadas, inicio o ano de 2012 do blog. E iniciando da melhor maneira possível. Pois falar de Lucinha Araújo não poderia ser mais prazeroso. Às vésperas de se completar um ano da perda da minha "mãe coragem", cito esta outra que conseguiu muita notoriedade por continuar sendo mãe, mesmo após sua missão de "mãe carnal" ter sido cumprida. Mãe do ícone Cazuza (1958-1990), Lucinha Araujo quis abrandar parte de sua dor pela perda do filho e conseguiu. Tem conseguido. Passou isso com clareza ao declarar "A dor não acaba, ela apenas se transforma."  Eu, na particulariedade de um filho que perdeu a mãe, não pude discordar. Bom, mas o fato é que há mais de vinte anos a Sociedade Viva Cazuza, no Rio, atende à crianças e adolescentes soro-positivas, que recebem de Lucinha - fundadora da ONG - e de outros colaboradores, o acompanhamento necessário (médico, psicológico, pedagogico) para que tenham uma vida mais saudável e produtiva possível. Não considero que eu esteja aqui postando algo que todo mundo já saiba. Há quem deva "sim" saber quem foi Cazuza. Saber que ele morreu em consequência da Aids e ponto. Mas sua história de vida vai muito além - até mais do que o próprio cinema mostrou. Sua vida - abreviada pelo HIV - gerou um último fruto que é a Viva Cazuza. Toda a garra que Lucinha demonstrou na tentativa de dar mais longividade a vida do filho, ela transportou e transporta para as crianças que cuida com um verocímel amor de mãe. Sempre achei sua iniciativa admirável, mesmo antes de devorar o seu último livro " O Tempo não para - Viva Cazuza", em que ela relata todos os percalços que enfrentou - e enfrenta - para manter de pé a ONG. Então você, que por ventura, não conhece a história e o papel da Sociedade Viva Cazuza na vida de tantas pessoas, leia o livro. Compre! Presenteie! Toda a renda do livro é revertida para a Viva Cazuza.

Fiz minha parte. E fica aqui todo o meu respeito e admiração por Lucinha Araújo e por todos aqueles que a acompanham em tão bela e gratificante missão.