Visualizações de páginas da semana passada

quinta-feira, 28 de julho de 2011

HOMOFOBIA CRIMINOSA: MAIOR DESTAQUE DE INSENSATO CORAÇÃO


Quem me acompanha sabe o quanto já expressei minhas críticas sobre a trama das 9 da Rede Globo. Insensato Coração tem o casal de protagonistas mais sem sal e sem pimenta dos últimos tempos -  química zero. A não ser por um personagem ou outro, que realmente tenha um bom contexto, pouquíssimo se salva. Mas, com relação ao merchandising social, a trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares tem estado de parabéns. A discussão sobre homofobia vem ganhando devido espaço na novela que conta com uma boa soma de personagens homossexuais. Jamais houve tantos na história da dramaturgia - sempre um, dois, no máximo, e somente depois de alguns anos de "repressão". Que o digam Silvio de Abreu, que se viu obrigado a mandar pelos ares junto com o seu shopping de Torre de Babel (1998) o casal de lésbicas vividas por Christiane Torloni e Silvia Pfeiffer; e também o próprio Gilberto, que deixou uma lésbica viúva em Vale Tudo (1988). Tramas modificadas, personagens desperdiçados, tudo para não continuar "chocando a sociedade." Por incrível que pareça este foi um dos muitos argumentos usados para inibirem os autores. Colocaram - como quase sempre - de uma forma generalizada. Mas nem toda a sociedade sentia-se chocada com aquilo. Entre muitos hipócritas, é claro, existia sim quem não visse nada demais numa vida a dois, de duas pessoas do mesmo sexo, sendo mostrada na televisão. Ainda que fosse ficção pura ou algo que viesse a induzir alguém, mas não. Era simplesmente a "arte imitando a vida". Era vida real. É o que existe aí fora. É o que existe na sua família ou na do seu vizinho. Pessoas que andam com suas próprias pernas, que pagam suas contas, que querem simplesmente viver suas vidas da maneira como querem. Da maneira como são, como nasceram, e não porque escolheram ser. Simplesmente aceitaram-se e querem ser aceitas - ou pelo menos respeitadas. A ordem era Silvio de Abreu e Gilberto Braga não continuarem chocando a sociedade com suas lésbicas e tiveram que cumpri-la. Mas e a ordem para se acabar de vez com a "homofobia criminosa" quando será dada? Pois bem mais chocante para mim foi ver o caso ocorrido no último dia 15, no interior de São Paulo, em que pai e filho foram brutalmente espancados ao serem confundidos com um casal gay. E fora tantos outros casos em que houve mortes. O país precisa se conscientizar e é essa a bandeira levantada por Gilberto Braga, que depois de obrigado a assassinar sua lésbica anos atrás, hoje vem a forra com sua trama permeada por núcleos gays que sofrem com homofobia. Acabo de assistir ao capitulo de hoje de Insensato Coração, em que o gay Chicão, vivido por Wendel Bendelack, depois de espancado por um grupo de rapazes de "boa família", sofre um aberto descaso por parte de um oficial de polícia, ao requisitar um boletim de ocorrência. Era quase como ouvir "Vai pra casa cuidar desses ferimentos, rapaz. Isso não vai dar em nada..." Novamente, é apenas a arte imitando a vida. Mas ainda consigo acreditar que, para todos nós - pretos, brancos, gays ou não - , dias melhores virão. Quero, um dia, não mais me chocar tanto.
Suely (Louise Cardoso) solidária ao amigo Chicão (Wendel Bendelack) em Insensato Coração

domingo, 24 de julho de 2011

AMY WINEHOUSE: LAMENTAVELMENTE VENCIDA




É tão comum nos dias de hoje a "caça desesperada" aos quinze minutos de fama. Seja num já decaído BBB ou mesmo num vídeo pastelão postado no You Tube. Mas o fato é que, enquanto alguns forçam a barra, literalmente, outros já nascem predestinados. E assim foi naquele setembro de 1983, em Londres. Amy Jade Winehouse deu o primeiro passo para a confirmação da veracidade desta afirmação - "nascer predestinado"-, quando ainda pequena cantava Jazz ao lado do pai, um mero taxista. A menina que começou a escrever suas canções impactantes aos 14 anos, que conquistou fãs com o seu estilo eclético e voz inconfundível, sucumbiu definitivamente, ontem (23), ao impiedoso monstro chamado "não sei lidar com a fama." Amy, foi encontrada morta em sua residência e, ao que tudo indica, por overdose. Isso apenas comprova que a predestinação a fama, ao sucesso, de fato existe, mas não vem com o selo de segurança que signifique "terei total controle." Tantos alcançaram o sucesso e o mantém em equilíbrio, isso é fato também. Mas são casos divergentes ao de Amy, em que quando também existe predestinação a autodestruição, torna-se altamente preocupante uma carreira meteórica. Assim como a inesquecível Janis Joplin (morta por overdose em 1970), Amy Winehouse anexou à sua carreira um misto de escândalos, agressões físicas e etc, ocasionados pelo consumo excessivo de drogas e álcool. Ironicamente, uma de suas canções, "Rehab", que mais a alçaram ao sucesso empolgante, falava sobre uma indevida recusa a um tratamento para alcoólatras.

Com a sua falta de autocontrole, quanto maior fosse a fama, maior era a deteriorização de sua saúde e de seu comportamento. O resultado não foi bom. Amy se foi, perdeu essa batalha contra si mesma. Aos fãs - ou apenas meros reconhecedores de seu talento, como eu - resta lamentar. Lamentar que sua voz grave, inigualável, tenha se calado para sempre. Lamentar que ainda existam tantos se encaminhando para o mesmo fim; seja uma grande estrela como ela ou mesmo um mero anônimo como eu, como você... A droga, o álcool, não escolhem patamar. Eles escolhem a mim, escolhem você. E a nós compete dizer: "eu escolho viver." Amy não disse...

Rehab (Reabilitação)

Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E mesmo meu pai pensando que eu estou bem;
Ele tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou...

Que fique o seu legado. Que fique a nossa torcida por tantos que ainda podem escolher o certo.
Descanse, Amy. E força aos combatentes que ainda restam em guerra.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

DIA DO AMIGO: DIA DAQUELE QUE ESCOLHEMOS

Não é feriado, não é dia santo, não consta no calendário, mas é importante. É importante para aquele que valoriza o dono do ombro que um dia lhe foi ofertado pra chorar. É importante para quem valoriza o dono daquelas orelhas que um dia lhe foram ofertadas para o desabafo. É importante para quem valoriza o dono daquela voz que sempre sopra aos ouvidos a doce exclamação "Você vai sair dessa!" É importante para quem valoriza o dono daqueles braços que um dia lhe foram ofertados num momento difícil. Hoje é o Dia do Amigo(a). E embora não seja feriado - para a tristeza de muitos - a data tem importancia afetiva. Então, se hoje encontrar com aquela pessoa realmente especial, que sempre lhe oferece o ombro pra chorar, que houve os seus desabafos, que lhe põe para cima, que o abraça nos momentos difíceis, não diga nada. Apenas o olhe no fundo dos olhos e o abrace. Abrace forte. Ele entenderá...

Na época em que a novela Caminho das Índias, da genial Glória Perez, estava no ar, aprendemos um mar de coisas sobre a cultura indiana. E uma das muitas que me chamaram a atenção foi o fato dos indianos celebrarem o "Dia do irmão". Aqui no Brasil, já que não partilhamos de uma igual celebração, que possamos então valorizar mais o Dia do Amigo. Pois vocês, amigos(as), nada mais são que... "irmãos(ãs) que escolhemos."


Vinicius de Moraes

segunda-feira, 18 de julho de 2011

TETRA: ANIVERSÁRIO MANCHADO

17 DE JULHO DE 1994. Aos 12 anos de idade, com o coração aos pulos, torcia as mãos, levantava, sentava novamente. E esse gol que não sai - murmurava em frente ao televisor de 14 polegadas, comprado recentemente para a ocasião: final histórica da Copa do Mundo daquele ano, sediada pelos Estados Unidos, tendo em campo BRASIL X ITALIA. Repetia-se o embate da copa de 1970, em que ambas as seleções - naqueles idos, bicampeãs - disputaram o tri. Fomos tri. E seríamos tetra! Era isso que o meu jovem coração dizia, somado aquela emoção - que não pude sentir na conquista anterior, pois nem mesmo era nascido. Acompanhar cada um daqueles jogos, apreciar a fenomenal dobradinha Romário e Bebeto no ataque, só nos levava a um único pensamento: aquele longo intervalo de vinte e quatros anos estava chegando ao fim, seríamos campeões, éramos novamente uma seleção de ouro, com um ataque de ouro. Estávamos na final. O juiz deu o apito inicial e milhares de corações começaram a bater em sincronia. O Brasil partiu com tudo, forçando, e Itália se defendendo. Suas duas pratas, Baresi e Roberto Bagio, não estavam em suas melhores condições físicas - no caso de Bagio, um presságio. "Aguenta coração!", gritávamos na sala - ao melhor estilo Galvão Bueno - quando depois de uma não menos sofrida prorrogação, fomos para a decisão nos penaltis. Pela primeira vez na história essa foi a decisão de uma copa. A copa em que uma defesa de Taffarel e um chute de Roberto Bagio para fora, decidiram o tetra campeonato para o Brasil. E que feliz foi toda aquela semana em que fiquei rouco - de tanto gritar junto com Galvão "é tetra! é tetra!". Como valeu a pena... E como teria valido a pena novamente ontem (17). Como preferia estar rouco e não decepcionado. Na data em que se completaram 17 anos da conquista histórica do tetra nos penaltys, perdemos a voz. A seleção fracassada e despreparada de Mano Menezes conseguiu nos arremeter a uma outra copa, que preferíamos esquecer: França 1998; massacrados na final pela dona da casa. Hoje, casos diferentes, mas vexame na mesma proporção. Eliminados da Copa América 2011 por vergonhosos penaltys mal batidos. Mas o pior de tudo foi ouvir que a culpa foi do "gramado ruim". Muito bem senhores organizadores da copa de 2014, mais atenção com relação aos gramados dos suntuosos estádios - que vocês realmente acreditam estarem prontos até lá. Não vamos permitir que um gramado ruim nos faça passar vergonha novamente. "Né brinquedo não, viu!"
Aos grandes nomes da conquista do tetra, parabéns! Obrigado por toda aquela garra em campo! Quem sabe um dia não voltaremos a saber o que é isso...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

DIA DO HOMEM: DIA DE CONSCIENTIZAÇÃO

Certa vez vi um senhor se queixar dentro de um coletivo: "Acho uma injustiça. Dias das mães, Dia Internacional da Mulher, Dia Nacional da Mulher... Nós só temos o Dia dos Pais, puxa vida! O fato é que, como tantos outros, pouco ligados no que rola na mídia, ele desconhecia que existe sim uma data a mais enaltecendo a importância da nossa classe masculina. Hoje é o Dia do Homem! O seu dia, papai. O seu dia, vovô. O seu dia, titio. E ao contrário do que muitos devem pensar, não foi instituido apenas para fazer justiça pelo fato de só o nosso "sexo oposto" ter o dia delas, com todas as atenções voltadas para si. O principal foco é um alerta para nós, os machões, que já há um bom tempo temos tido notas baixíssimas no quesito "saúde". Estamos nos descuidando e os índices de morte há muito vem ultrapassando o das mulheres. Adoecemos mais e morremos mais! E aquela velha história de que são quase duas  mulheres para cada homem no Brasil é bem mais preocupante que "instigante". "Se tem mais mulher que homem, melhor pra mim". Típico comentário machista que muito se ouve nas rodas de amigos. Mas isso tem mudado. Muitos de nós já entendem o verdadeiro significado da coisa, que é simplesmente ter uma melhor atenção com a própria saúde. Prevenir é sempre melhor que remediar. Quantos não poderiam ter evitado infartar aos 40 - ou até menos idade, como tem sido comum - se tivessem banido a mais tempo o sedentarismo, com alguma prática de exercícios físicos? Quantos não poderiam ter evitado um diagnóstico de metástase (evolução destrutiva de câncer), tendo evitado o cigarro, somado ao álcool e uma péssima alimentação? Não seja você mais um "derrotado". Nesse dia do homem, reflita sobre a importancia de sua saúde. Cuide-se. Mexa-se. Previna-se. Ame-se. E sobrando um tempinho, cuide da estética também. Já que a nossa vaidade masculina - chegando ao exagero da metrossexualidade para alguns - está cada vez mais gritante. Só "cortar cabelo e fazer a barba" ficou lá no século passado. As mulheres ganharam mais espaço no mundo e os homens nas clínicas de estética. Amanhã mesmo vou procurar uma: "Por favor, limpeza de pele, drenagem e tudo o mais que eu tiver direito! Claro, depois de uma passadinha num consultório médico e solicitar um check-up. Como costuma dizer um amigo meu: "Primeiramente é cuidar da carcaça interna."

Um feliz - e consciente - Dia do Homem para todos nós!


quarta-feira, 13 de julho de 2011

MURILO BENÍCIO E LILIA CABRAL: DUPLO ANIVERSÁRIO, DUPLA EXPLOSÃO DE TALENTO


Sempre que ele é escalado para um novo trabalho na Rede Globo o bom êxito é garantido. Ao contrário de alguns atores, Murilo Benício sempre consegue conciliar bons personagens com ótimas histórias. Muitas vezes - especialmente em novelas - um determinado personagem é bem escrito, bem interpretado, mas acaba sendo um único naufrago em meio a um mar de personagens apagados e mal interpretados. No ar, a reprise da fenomenal O clone é uma prova do quanto o "aniversariante do dia" foge à essa regra. Este niteroiense de personalidade forte - do qual sou abertamente fã - sempre colabora para abrilhantar ainda mais os bons projetos em que está envolvido. Dando mais foco a televisão, embora não desmerecendo o bom desempenho dele em teatro e cinema, é impossivel não citar Chocolate com Pimenta (2003), América (2005), A favorita (2008), Força Tarefa (2009/2010) e, mais recentemente, o remake de Ti Ti Ti (2011), como alguns marcos na carreira deste grande ator. Dado a desafios e como o bom profissional que é, sabe fazer a "diferença" na teledramaturgia atual, tão castigada pela falta de talento nato. Mas ele não está só nesta missão, felizmente. Ao lado dele - e coincidentemente também dividindo a mesma "data de aniversário" - está a querida Lilia Cabral. Outra que, para o nosso deleite - os que realmente curtem a dramaturgia - , se entrega de corpo e alma aos seus personagens. Sempre na medida certa, da comédia ao drama. E entre muitos casos, destaco a beata Amorzinho - deliciosamente cômica - de Tieta (1989), passando pela cruel Marta, de Páginas da Vida (2006), e a ressentida Teresa, de Viver a vida (2010). E voltando agora a trabalhar com Aguinaldo Silva (um dos autores de Tieta), certamente nos brindará de novo com o seu talento, protagonizando Fina estampa, próxima trama das 21hs. Já Murilo, há rumores aqui pela net de que as férias teriam acabado e novos episódios de Força Tarefa já iriam para o ar ainda este ano. Fãs do Tenente Wilson, torçam comigo para que seja verdade!

Enfim...
Aos meus ídolos, um feliz aniversário!
Que incontáveis sejam os bons personagens e as grandes emoções a nos serem proporcionadas através deles.
 Os gêmeos Diogo e Lucas, e o clone, Léo: dose tripla na trama de Glória Perez
 Tião Higino, a grande sensação de América, e Deborah Secco, "a decepção"
 Dodi Gentil, de A favorita: mau caráter em duas faces
 Tenente Wilson: digno das grandes séries policiais americanas
 Amorzinho: era fogo puro em Tieta, quando colocava sua "carçola vermelha"
 Marta, Páginas da vida: vendia o neto e era obrigada a engolir o cheque numa cena inesquecível
Teresa, Viver a vida: constantemente em guerra com a atual de seu ex-marido

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ITAMAR FRANCO: CONDOLÊNCIAS


Pois é. Mais um homem de considerável carreira política que encerra o seu legado. O senador Itamar Franco, que alcançou o "ápice" de sua vida política ao suceder o então "excelentíssimo" presidente Fernando Collor de Mello, entre 1992 e 1995, perdeu a batalha contra uma leucemia. Itamar, vice de Collor, que sofrera o histórico impeachment dos caras pintadas, ficou com a batata quente que era o cargo de presidente da república naqueles idos. Como nem Cristo agradou a todos, com ele também não foi diferente. Mas conseguiu levar o mandato a diante, tendo inclusive a criação e implantação do Plano Real - elaborado pelo então ministro da fazenda FHC - como um de seus marcos. Acredito que a grande responsabilidade de comandar o país não o deslumbrou muito - visto que nunca pediu "bis". Ou será que pensou em pedir, mas com essa história de que é o "partido" quem decide... (?) Bom, mas agora não importa. Não mais. Itamar encerrou seu ato. Que o aplaudam quem achar que ele mereça - eu aplaudo -, e que se fechem as cortinas. Descanse em paz, Presidente.

28/06/30 - 02/07/11

sábado, 2 de julho de 2011

XUXA: 25 ANOS DE SUCESSO

"Bom dia amiguinhos
Já estou aqui
Tenho tantas coisas
Pra nos divertir
Quero ouvir vocês
Vou contar a até três

1,2,3
Vamos todos de uma vez
Pular
Dançar
Correr
Cair no chão
Cantando alegremente
Essa canção..."


Parece que foi ontem que se ouviram esses versos pela primeira vez. Mas lá se vão duas décadas e meia. Os súditos estão em festa! A rainha dos baixinhos, Xuxa, completou na última quinta-feira (30), 25 anos de Rede Globo. Eu, que orgulhosamente fui um baixinho da loira, lembro com carinho daquela manhã de segunda-feira. Olhos vidrados na tela da tv preto e branco de uma vizinha - sim, pois para nós ainda era artigo de luxo naquela época. Até que tivéssemos a nossa, a vizinha me socorria. Eram tempos difíceis. Mas felizes, eu sempre digo. E Xuxa e sua turma só vieram pra alegrar ainda mais a minha infância feliz - minha e de tantos outros brasileirinhos que cresceram junto com o sucesso da ex-modelo e ex-namorada do Rei Pelé, nascida em Santa Rosa - RS. Ao longo dos anos, Maria da Graça Xuxa Meneghel foi sinônimo de carisma e sucesso, não só entre baixinhos, como também altinhos. Destaque também para os seus trabalhos sociais com a Fundação Xuxa Meneghel, seu maior orgulho. Embora tenha passado por altos e baixos, como qualquer um do meio artístico, em seu estreante Xou da Xuxa, passando pelo dominical Planeta Xuxa e agora o TV Xuxa nas tardes de sábado, a rainha encontrou o tom certo, prendendo o telespectador de todas as idades frente à televisão com toda a sua alegria e desenvoltura. Parabéns ao veterano diretor Mauricio Sherman que a descobriu e apostou nela ainda na extinta Rede Manchete. Parabéns à Rede Globo pela excelente aquisição naquele ano de 1986. E por fim, parabéns Xuxa por seus 25 anos de muito "xuxesso".


TV Xuxa em comeração aos 25 anos de Rede Globo

PAULA FERNANDES: PRIMEIRO LUGAR NAS PARADAS PARAIBANAS



Voltando a falar sobre minhas rápidas férias na Paraíba, quero destacar a importância da minha bela companheira de viagem: ninguém menos que Paula Fernandes. Não pessoalmente - e eu nem mereceria tanto - mas em voz. No fone de ouvido do meu celular, suas lindas músicas embalavam minhas idas e vindas de uma cidadezinha a outra do sertão paraibano - bem verdejante nesta época do ano. Suas canções como "Sensações", "Passaro de Fogo" e "Pra você" - que muito me fizera lembrar alguém especial - contrastavam perfeitamente com as lindas e ora bucólicas paisagens por mim observadas, fosse da janela de um ônibus ou mesmo dum "alternativo", como são chamados por lá os carros que transportam pessoas a um "preço acessível". E como me foram úteis esses alternativos... Bom, mas o fato é que em outras épocas, fenômenos da música ficavam restritos aos meios urbanos. No interior, até se ouvia no radinho de pilha, mas daí a fazer idéia de quem se tratava aquele cantor(a) na real... Sem generalizar, claro. Hoje, em tempos de mídia bem mais abrangente, era impossível não ouvir tocando um cd de Paulinha Fernandes, mesmo nos lugares mais longincuos por onde passei. O sertão paraibano hoje é outro, com energia elétrica em quase 90% dos domicílios rurais - e com acesso a televisão podem hoje saber quem é Paula Fernandes, e tantos outros talentos da música "além-nordeste", que venham a aparecer. E embora seja a sua "prata da casa", o forró não é só o que o paraibano respira - ele me mostrou ser bem eclético. Para ser apreciado por lá, basta ter uma boa voz e uma boa música. Basta ser uma Paula Fernandes.

Viva o paraibano e seu ecletismo. Viva o sucesso e seu real reconhecimento. E obrigado Paulinha por ter sido minha tão agradável companheira de viagem...