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domingo, 16 de outubro de 2011

REFLEXÃO: MURRO EM PONTA DE FACA... ATÉ QUANDO?

É impressionante como o termo que usei de título para este post se adequa a tantos momentos da nossa vida. Quando insistimos num negócio fracassado, em que já se esgotaram todas as possibilidades, estamos dando "murro em ponta de faca". Quando compramos um eletrodoméstico de uma marca que sabemos não ser confiável, estamos dando "murro em ponta de faca". Quando insistimos em dar um novo voto de confiança, a quem no fundo já sabemos que não merece mais nenhum, estamos dando "murro em ponta de faca". Quem está livre disso? Ninguém. Mas nada é tão comum e se adequa tão bem ao termo "dar murro em ponta de faca" quanto um relacionamento que anda de mal a pior. Quando ambos não sabem mais lidar com uma vida conjugal ou uma união instável - mais comum nos dias de hoje, em que casamentos diante de um juiz de paz ou um padre, tem se restringido cada vez mais as "novelas" - a recém-encerrada Morde e Assopra bateu recorde, com quase uma cerimônia por capítulo. Mas voltando a vida real, o fato é que convivo com esse tipo de situação, de união trôpega, mas felizmente como espectador e não personagem. Torna-se ainda mais complicado de assistir quando ambas as partes me são importantes e próximas como irmãos, amigos... Não é nem um pouco fácil para mim ver a falta de respeito próprio e simultâneo se esvaindo, onde já existiu - ou pareceu existir - tanto amor e cumplicidade. Estaria eu com isso admitindo que não acredito no amor ou afirmando que ele realmente acaba com o tempo? Depende do ponto de vista. Até porque não quero aqui desagradar os mais românticos, dentre os poucos - mais super importantes - leitores que me seguem. Sou escorpiano, sou de um "signo amante" e com leve queda ao "romantismo". Mas acima de tudo "prático" e "realista", ao ponto de não me imaginar convivendo sob o mesmo teto com uma pessoa pela qual eu venha perdendo o respeito. E mesmo que ainda existisse amor, ele estaria sendo sufocado por outras fraquezas humanas que sempre levam ao adultério. E quando essa consequencia passar a ser um "terceiro" na relação, e ainda assim se persiste nela, isso é ou não é dar "murro em ponta de faca"? Acredito sim naqueles em que isso acaba sendo uma fase, que recobram a consciência e que voltam a ser companheiros e companheiras fiéis, leais. Tenho que acreditar, porque também não estou aqui levantando a bandeira "liberte-se, divórcio já". Prefiro levantar as bandeiras "Casamento: será que não nos precipitamos?", "Saberei regar diariamente a plantinha do amor?", "Discutir relação faz parte"... Todos esses tópicos são importantíssimos. As duas pessoas da minha convivência, que me inspiraram essa reflexão, estão agora em casas separadas pela... Ih, já nem sei mais quantas foram as vezes, em mais de quinze anos de vida "a três" , que passaram por isso, e que de alguma forma ou de outra, envolveram todos à sua volta. E principalmente e "preocupantemente" os filhos. Por que ainda se machucar tanto? Por que ainda negarem tanto, um ao outro, a oportunidade de uma separação realmente definitiva, para que sigam seus caminhos? 

Relacionamentos duradouros estão cada vez mais raros, mas não necessariamente por extinsão do amor e sim pela não aceitação de que as diferenças existem. E por nem todos estarem totalmente dispostos a aceitar que o outro não seja, ou não pense, exatamente como você. Alma gêmea é um privilégio para poucos, e ainda assim, estas também podem passar por percalços - o mundo como vemos hoje, influência nisso. Quero muito a felicidade dos dois e de tantos outros em igual situação. Mas a realidade é que logo estarão novamente sob o mesmo teto, dando "murro em ponta de faca" e sem a menor intensão de dar um melhor rumo a essa novela já tão perdida no tempo. E se ali, ainda existe um amor recuperável, decidamente não estão trabalhando em conjunto, para fazê-lo. Então o melhor não seria tentar plantar uma outra sementinha num outro terreno, e não negarem mais um ao outro o direito de serem realmente felizes? Reflitamos...

Não sou, e nem me candidato a ser, o lider da T.O.D.S (Torcida Organizada do Divórcio e Separação). Mas estou sempre disposto a colaborar com a  T.O.D.A.R (Torcida Organizada Do Amor Regado ou Replantado).

Muito amor para todos e até a próxima...

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