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segunda-feira, 18 de julho de 2011

TETRA: ANIVERSÁRIO MANCHADO

17 DE JULHO DE 1994. Aos 12 anos de idade, com o coração aos pulos, torcia as mãos, levantava, sentava novamente. E esse gol que não sai - murmurava em frente ao televisor de 14 polegadas, comprado recentemente para a ocasião: final histórica da Copa do Mundo daquele ano, sediada pelos Estados Unidos, tendo em campo BRASIL X ITALIA. Repetia-se o embate da copa de 1970, em que ambas as seleções - naqueles idos, bicampeãs - disputaram o tri. Fomos tri. E seríamos tetra! Era isso que o meu jovem coração dizia, somado aquela emoção - que não pude sentir na conquista anterior, pois nem mesmo era nascido. Acompanhar cada um daqueles jogos, apreciar a fenomenal dobradinha Romário e Bebeto no ataque, só nos levava a um único pensamento: aquele longo intervalo de vinte e quatros anos estava chegando ao fim, seríamos campeões, éramos novamente uma seleção de ouro, com um ataque de ouro. Estávamos na final. O juiz deu o apito inicial e milhares de corações começaram a bater em sincronia. O Brasil partiu com tudo, forçando, e Itália se defendendo. Suas duas pratas, Baresi e Roberto Bagio, não estavam em suas melhores condições físicas - no caso de Bagio, um presságio. "Aguenta coração!", gritávamos na sala - ao melhor estilo Galvão Bueno - quando depois de uma não menos sofrida prorrogação, fomos para a decisão nos penaltis. Pela primeira vez na história essa foi a decisão de uma copa. A copa em que uma defesa de Taffarel e um chute de Roberto Bagio para fora, decidiram o tetra campeonato para o Brasil. E que feliz foi toda aquela semana em que fiquei rouco - de tanto gritar junto com Galvão "é tetra! é tetra!". Como valeu a pena... E como teria valido a pena novamente ontem (17). Como preferia estar rouco e não decepcionado. Na data em que se completaram 17 anos da conquista histórica do tetra nos penaltys, perdemos a voz. A seleção fracassada e despreparada de Mano Menezes conseguiu nos arremeter a uma outra copa, que preferíamos esquecer: França 1998; massacrados na final pela dona da casa. Hoje, casos diferentes, mas vexame na mesma proporção. Eliminados da Copa América 2011 por vergonhosos penaltys mal batidos. Mas o pior de tudo foi ouvir que a culpa foi do "gramado ruim". Muito bem senhores organizadores da copa de 2014, mais atenção com relação aos gramados dos suntuosos estádios - que vocês realmente acreditam estarem prontos até lá. Não vamos permitir que um gramado ruim nos faça passar vergonha novamente. "Né brinquedo não, viu!"
Aos grandes nomes da conquista do tetra, parabéns! Obrigado por toda aquela garra em campo! Quem sabe um dia não voltaremos a saber o que é isso...

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