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domingo, 24 de julho de 2011

AMY WINEHOUSE: LAMENTAVELMENTE VENCIDA




É tão comum nos dias de hoje a "caça desesperada" aos quinze minutos de fama. Seja num já decaído BBB ou mesmo num vídeo pastelão postado no You Tube. Mas o fato é que, enquanto alguns forçam a barra, literalmente, outros já nascem predestinados. E assim foi naquele setembro de 1983, em Londres. Amy Jade Winehouse deu o primeiro passo para a confirmação da veracidade desta afirmação - "nascer predestinado"-, quando ainda pequena cantava Jazz ao lado do pai, um mero taxista. A menina que começou a escrever suas canções impactantes aos 14 anos, que conquistou fãs com o seu estilo eclético e voz inconfundível, sucumbiu definitivamente, ontem (23), ao impiedoso monstro chamado "não sei lidar com a fama." Amy, foi encontrada morta em sua residência e, ao que tudo indica, por overdose. Isso apenas comprova que a predestinação a fama, ao sucesso, de fato existe, mas não vem com o selo de segurança que signifique "terei total controle." Tantos alcançaram o sucesso e o mantém em equilíbrio, isso é fato também. Mas são casos divergentes ao de Amy, em que quando também existe predestinação a autodestruição, torna-se altamente preocupante uma carreira meteórica. Assim como a inesquecível Janis Joplin (morta por overdose em 1970), Amy Winehouse anexou à sua carreira um misto de escândalos, agressões físicas e etc, ocasionados pelo consumo excessivo de drogas e álcool. Ironicamente, uma de suas canções, "Rehab", que mais a alçaram ao sucesso empolgante, falava sobre uma indevida recusa a um tratamento para alcoólatras.

Com a sua falta de autocontrole, quanto maior fosse a fama, maior era a deteriorização de sua saúde e de seu comportamento. O resultado não foi bom. Amy se foi, perdeu essa batalha contra si mesma. Aos fãs - ou apenas meros reconhecedores de seu talento, como eu - resta lamentar. Lamentar que sua voz grave, inigualável, tenha se calado para sempre. Lamentar que ainda existam tantos se encaminhando para o mesmo fim; seja uma grande estrela como ela ou mesmo um mero anônimo como eu, como você... A droga, o álcool, não escolhem patamar. Eles escolhem a mim, escolhem você. E a nós compete dizer: "eu escolho viver." Amy não disse...

Rehab (Reabilitação)

Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E mesmo meu pai pensando que eu estou bem;
Ele tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou...

Que fique o seu legado. Que fique a nossa torcida por tantos que ainda podem escolher o certo.
Descanse, Amy. E força aos combatentes que ainda restam em guerra.

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