Ouso dizer, fazendo uso de um termo popular, que a
tv aberta anda meio "mal das pernas". Não de uma forma geral, mas "teledramaturgicamente" falando. Há esforços na tentativa de inovar, mas "arraias miúdas" como
Record e SBT, mesmo com suas boas prospostas de história, acabam sempre contrastando com elenco mal escalado (maus atores) e curtos orçamentos - caso de
Amor e Revolução, no ar na emissora de Silvio Santos, que teria tudo pra ser um real sucesso, não fosse o "contraste" que citei. Embora contando com o seu leque de estrelas e sua hollywood brasileira, o
Projac, a poderosa
Rede Globo também tem deixado a "desejar" em algumas produções e principalmente no que eles mesmos chamam de
"a prata da casa": o horário nobre. Na novela das 21hs
"Insensato" não é bem o
"Coração" e sim
Gilberto Braga por lançar mão de uma trama com total falta de "inovação
". Histórias de amor "mornas" e outras que pouco diferem de tudo que já foi utilizado anteriormente por outros autores e até pelo próprio Gilberto. É torturante acompanhar Deborah Secco revivendo "Darlene". A personagem da então bem sucedida novela Celebridade (2003) até caiu no gosto popular; mas o novelista pecou em acreditar que a sempre "inexperiente" Deborah conseguiria diferenciar, mesmo que sutilmente, uma personagem da outra. Por não escolher a dedo uma boa atriz, teria sido melhor usar abertamente a tática do colega Silvio de Abreu, que transportou Jamanta (Cacá Carvalho) de
Torre de Babel (1998) para
Belíssima (2006); e anteriormente Dona Armênia (Aracy Balabanian) de
Rainha da Sucata (1990) para
Deus nos Acuda (1992). Com isso, a cansativa Natalie Lamour seria apenas Darlene com um nome artistico, após ter alcançado, enfim, sua tão sonhada e efêmera "fama". Seria bem mais fácil para o telespectador - realmente crítico como eu - assimilar a personagem, nessa novela em que pouco se salva. É o caso de Norma, magistralmente vivida por
Glória Pires, que embora com o desenrolar meio lento, a trama da personagem tem sua consistência.
Bom, e vocês meus poucos (mas fiéis e amigos) leitores, devem se lembrar que eu cantei essa bola no post REPRISE E REMAKE: O MELHOR EM 2011, opinando que Insensato Coração cativaria bem menos telespectadores que
O clone e a encerrada
Ti Ti Ti. Claro, há sempre aqueles nada críticos - mas fico feliz de saber que não é o meu caso e o de muita gente.